Assombrações na Igreja Nossa Senhora das Dores
Olá caros amigos e amigas. No texto a seguir voltaremos a falar de "Histórias e lendas brasileiras". A história de hoje se refere a Igreja Nossa Senhora das Dores, localizada na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Venham comigo conhecer mais uma popular história de assombração.
É uma igreja de Nossa Senhora das Dores é uma edificação centenária, construída por escravos. O caso é que dois séculos atrás o lugar bem em frente à igreja era o Largo da Forca, o lugar onde eram feitas as execuções dos condenados à morte. Exatamente onde era o cadafalso hoje tem uma pequena rua que separa dois quartéis, cujos soldados talvez nem saibam que á sombra daquelas árvores frondosas de hoje, há tempos remotos abrigava a forca municipal, que era bem ativa durante o século 19.
Populares afirmam que na região pode-se avistar frequentemente estranhas sombras e vulto, fantasmas e pode-se ouvir gemidos. Tem até as aparições de um escravo que foi injustamente acusado de roubar um colar da santa no altar enquanto trabalhava numa das torres, e que pouco antes de ser enforcado lançou uma maldição contra o lugar, a igreja e especialmente contra aquela torre da igreja, que seis meses depois desabou e teve de ser reconstruída.
O lugar realmente tem manifestações espectrais ocasionais, mas impressionantes. Muita injustiça aconteceu naquele Largo da Forca.
A maldição do Escravo
A construção da Igreja levou muito tempo para ser concluída, fato que populares afirmam estar relacionada a maldição conjurada por um escravo condenado a morte por supostamente ter roubado um colar do altar.
Segundo a lenda antes de morrer o escravo teria dito o seguinte: "Vou morrer porque sou escravo, mas sou inocente e a prova disso é que as torres da igreja hão de cair três vezes e nunca ficarão completamente prontas".
Os escravos foram a principal mão de obra da igreja, e eles em particular temeram a suposta maldição, o que teria contribuído para os atrasos da obra. Contudo, o historiador Sérgio da Costa Franco alega que a história sobre a maldição é falsa, e a condenação do dito escravo ocorreu em virtude de um assassinato.
Construção da Igreja
O corpo do edifício até 1846 estava ainda limitado à capela-mor, quando o Luís Alves de Lima e Silva destinou-lhe quatro contos de réis para início da construção da nave. Com as paredes erguidas por volta de 1857, João do Couto e Silva instalou o telhado e terminou a fachada (ainda sem revestimento) e a abóbada, terminando esta etapa em 1860. Como o projeto inicial fora alterado, uma comissão foi constituída em 1863 para realizar as necessárias correções, supervisionadas por Luiz Vieira Ferreira e concluídas em 1866. O templo foi então consagrado em 10 de maio de 1868 por Dom Sebastião Dias Laranjeira. A escadaria monumental defronte só seria terminada em 1873, sendo que o acesso anteriormente se dava pela rua Riachuelo, atrás da igreja.
As obras só foram terminadas em 1904.
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| Igreja das Dores vista do lago Guaíba |


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