Assombrações povoam imaginário da população de MS
Porta bater sozinha, panelas caírem, possessões. Quem nunca ouviu alguma história parecida? Fantasmas, vultos e coisas do além povoam a mente de grande parte dos brasileiros, às vezes ultrapassam o limite do imaginário. Aqueles que presenciaram algo do tipo juram de pés juntos, e os que não acreditam preferem nem tocar no assunto. Afinal, existe ou não existe?
Para a freira Ana Rodrigues, de 89 anos, não existe, são coisas que a mente humana cria. Mesmo assim, a religiosa afirma que antigamente eram comuns histórias sobre lobisomem. “Naquele tempo acreditava que os homens que não casavam na igreja viravam lobisomem na sexta-feira santa,” relembra a freira entre risos.
Ao retornar da casa de sua ex-namorada, o fotógrafo Marcílio Rocha da Silva levou um grande susto. Era quase meia noite, estava sozinho, e quando atravessava a ponte da Avenida Roseira, um barulho assustador o pegou de surpresa. “Parecia uma batida forte, quando ouvi, saí correndo de medo,” diz.
Exorcismo
O padre Reinirio Rojas Pereira, 63 anos, e 23 dedicados a vida religiosa, lembra que acompanhou um caso de possessão durante dois anos na cidade de Bandeirantes, município a 66 km de distância de Campo Grande. Padre Rei, como é mais conhecido, diz que não acredita em assombração e reencarnação, apesar disso jura ser verídica a história que conta.
Toninho era um jovem tranqüilo, trabalhador, que gostava de ajudar o padre Rei na igreja, mas de repente começou a ter um comportamento alterado. “O rapaz dava uns acessos que entortava todo do corpo, o olho virava a voz ficava esquisita,” ressalta o padre. Várias vezes foi chamado pela família de Toninho para realizar orações e aspergir água benta.
Segundo o religioso, a alma que se manifestava no rapaz queria se vingar da família dele. Há 80 anos, os parentes de Toninho o torturam numa fazenda próxima a Camapuã. Quando estava semimorto, jogaram o corpo num mato e atearam fogo.
O padre decidiu realizar um missa no lugar onde se acreditava estarem os ossos mortais do fantasma. O objetivo era deixar a alma descansar em paz. A cerimônia aconteceu debaixo de uma jabuticabeira. Ventos fortes, seguido de um temporal quase interromperam a missa.
Passado alguns dias, o religioso foi novamente chamado pela família de Toninho. Desta vez, o tal espírito só queria agradecer a realização da cerimônia no local. “Agora estou na luz,” concluiu a alma ao se despedir do sacerdote.
“Tá repreendido em nome de Jesus”
Chutes fortes na porta foram o suficiente para a dona de casa Leci Bento Lucas, de 53 anos, nunca mais retornar à uma fazenda localizada em Corguinho, há 99 km da Capital. “O chute foi tão forte que balançou até a chave,” ressalta.
Leci não foi a única a ouvir o estrondo, seu esposo, Jorge Lucas, também ouviu. Era em torno das 10h da noite, já haviam outros comentários sobre panelas caírem, tiros, mas achavam mentira. “Foi a noite mais triste do mundo, nós não dormimos bem,” lamenta Jorge, que atribui o fato a fantamas.
“ Quando ouvimos o barulho começamos a orar o pai nosso. Já realizamos culto para resolver, até agora não resolveu. Tá [sic] repreendido em nome
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